Os outros integrantes da equipe se dividem: há os que apoiam a forma de atuar de João, os que consideram que Pedro está com a razão e aqueles que, indiferentes, preferem ficar à margem. Conflito instalado, o que faz Antonio, gestor da equipe? Diz que não toma partido, que os dois têm mais é que se entender.
Entre as várias competências que fazem de um profissional um líder, inclui-se, cada dia mais, a mediação. Isso porque os conflitos fazem parte da convivência humana e, quando não enfrentados com coragem e transparência, podem minar o potencial de todo o grupo.
Atuar como um líder mediador é restaurar o diálogo, abrir espaço para que as partes envolvidas manifestem suas queixas e expectativas, ouvir com atenção o que cada um tem a dizer, colocar na mesa objetivos comuns que podem mobilizar o trabalho conjunto.
Em outras palavras, é construir pontes, estabelecer elos, promover a comunicação entre as pessoas, criando condições para uma verdadeira atuação em equipe. Em boa parte das vezes, o que falta é a disposição de escutar, de aceitar que o outro pode colaborar, somando habilidades em favor de um resultado maior e melhor.
Boa comunicação, sensibilidade para entender a linguagem verbal e a não verbal, flexibilidade para encontrar e propor soluções são alguns dos requisitos para que um líder seja um mediador. Mas, como em todas as outras competências exigidas de um gestor, o líder pode ser treinado para fazer mediação, transformando as pessoas que estão ao seu lado numa equipe produtiva e inovadora.