Uma dessas áreas é o home office, antes não experimentado por muitas empresas, mas que têm mostrado ganhos de produtividade nos colaboradores, entre outros benefícios como economia de espaços físicos. Por isso, e por conta do cenário atual, algumas grandes corporações têm decidido adotar essa solução em caráter permanente, e não apenas temporário.
O trabalho em casa, por outro lado, impõe grandes desafios aos profissionais que o estão executando, como mais autodisciplina e uma gestão de tempo eficiente para que o trabalho possa se desenvolver com a mesma dedicação e foco com que era desenvolvido no escritório. Sem contar as dificuldades de equilibrar a vida pessoal e profissional dentro de casa.
Com o desafio de conseguir cumprir prazos estabelecidos pelas empresas, ainda mais se não houver um espaço físico apropriado para o home office, muitas pessoas precisaram fazer adaptações para conseguir realizar o trabalhar em casa.
A verdade é que trabalhar de casa requer a colaboração de todos os membros que ali moram. E dependendo da demanda, exigências e preocupações dos funcionários a longo prazo, os efeitos do home office podem afetar toda a família. Por isso, é muito importante se organizar e saber quais são os limites entre a vida profissional e pessoal de cada um.
A grande dúvida é: como os profissionais estão realmente lidando com a questão do home office a longo prazo? Essa pergunta precisa ser explorada e analisada pelas companhias para entender e poder atender as necessidades dos seus colaboradores.
Agora é o momento de investir em planos de ações de cuidados e atenção com os funcionários, assim como a integração dos novos colaboradores e aproximação de equipes por meio de reuniões e confraternizações.
Outro ponto importante a ser observado e levado em consideração é o isolamento social, que pode ter consequências graves para o estado mental dos colaboradores e suas famílias.
Para quem já sofre de depressão ou outras doenças, o isolamento social a longo prazo pode causar o agravamento da situação. Em casos extremamente graves, a depressão e outras doenças como o transtorno de ansiedade, podem levar a consequências dolorosas e por vezes irreversíveis. É importante estar atento a sinais mais sutis, também por parte daqueles com quem convivemos.
O sentimento de solidão e de incerteza são mais comuns no momento, mesmo sabemos que essa crise passará, não sabemos quanto tempo ela ainda pode durar. E esta situação pode gerar muita angústia, ansiedade, medo e conflito em família, já que existe a preocupação com a própria saúde e a das pessoas ao nosso redor, a instabilidade econômica e como lidar com tudo isto ao mesmo tempo.
Passar por este período da melhor maneira possível requer um ótimo controle mental e emocional. Porém, devemos nos atentar sobre o que as questões comportamentais e psicológicas que envolvem esse momento e o que podem vir a causar nas pessoas.
Estudos apontam alguns comportamentos relacionados ao sentimento de solidão, como o uso compulsivo de álcool e drogas como o cigarro, estresse, irritação, ansiedade, falta de paciência, transtornos alimentares e compulsão por compras. Já os problemas de saúde relacionados ao sentimento de solidão vão desde cardiovasculares, Alzheimer e até depressão, pois o sistema imunológico funcionará de maneira debilitada, por conta do alto nível de estresse.
Somos seres sociais e temos necessidade de conexão. Podemos afirmar que a solidão funciona como um mecanismo biológico, um aviso dizendo que há um problema e precisamos buscar contato social.
Quando nos sentimos sozinhos, sem amparo, esse sentimento se aflora. E neste momento que vivemos é comum muitas pessoas se perceberem assim. Estamos em uma situação em que temos que ter a responsabilidade de combater esse mal para evitar um problema de saúde pública maior, nos isolando física e socialmente.
A solidão é extremamente estressante e causa alteração de humor, falta de paciência, de motivação. Nos deixa irritadiços e egocêntricos. O estresse toma conta do nosso foco e rouba a empatia, o que pode causar conflito com as pessoas que estão ao nosso lado.
A melhor maneira, de manter a saúde mental nesta fase, é a aceitação. É ela que vai ajudar a reduzir os efeitos negativos. Por isso, precisamos ter em mente que hoje o isolamento é um gesto necessário de carinho e solidariedade, por você e por todos os que estão a sua volta. O convite que fazemos aqui é para que exercitemos a resiliência e possamos usufruir sempre da tecnologia para inclusive nos aproximar de quem sentimos falta.
Pensando em tudo isso, nós da InterElo Consultoria estamos em constante estudo e aprendizado para compartilhar com os nossos leitores e clientes as mudanças do cenário mundial, enquanto nos protegemos de todos os efeitos da pandemia. Acreditamos que o momento ainda pede cuidado e observação. Então cuide-se e conte conosco!
Fontes:
http://valoresreais.com/2020/07/13/os-impactos-do-novo-home-office-na-vida-das-pessoas/
http://jundiagora.com.br/isolamento-efeitos/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/isolamento-social.htm