Acontece que muitas vezes, ainda não desenvolvemos nossos líderes e gestores a ampliar a consciência sobre o impacto que suas ações podem gerar nos colaboradores. Seguindo uma linha de raciocínio ultrapassada, podemos notar que alguns líderes foram treinados para mudar processos e não para desenvolver pessoas, e isso tem ligação direta com a identificação também dos pensamentos.
Segundo o modelo iceberg, da terapia comportamental cognitiva, nossos comportamentos e resultados são visíveis, porém, as causas desses comportamentos e resultados, que são nossos pensamentos e nossas emoções, ficam invisíveis. Por isso, precisamos refletir nessas causas.
O que alcançamos em nível de trabalho se orienta pela forma como pensamos, porém, quando os líderes querem aumentar o desempenho de alguém, se concentram no resultado e discutem os hábitos, que podem estar ligados ao campo dos sentimentos. No entanto, se queremos melhorar o desempenho no resultado das pessoas, devemos nos concentrar em ampliar a consciência sobre os nossos pensamentos.
Quando tentamos auxiliar alguém com nossas ideias, supomos, inconscientemente, que a mente da outra pessoa funcione da mesma forma que a nossa. Então quando pensamos por outras pessoas, não estamos apenas desperdiçando nossa própria energia, mas também estamos prejudicando essas pessoas ao impedirmos que elas próprias cheguem às respostas corretas.
Pensando nisso, podemos entender que a mais nova arte para a liderança, é ser capaz de influenciar a forma como os liderados e lideradas percebem o mundo. O que sabemos é que não existe uma receita certa para atingir esse objetivo. Por isso, temos que deixar o liderado ou liderada onde está e abrir um novo atalho ao lado do muro, e deixar que a água escoe naturalmente.
Sabemos que é difícil mudar um hábito ou uma crença limitante, mas criar um hábito novo pode ser realizável, certo? O ideal seria que a liderança deixasse de tentar adivinhar o que o cérebro do liderado ou liderada precisa pensar. Se especializando em contribuir para ampliar a consciência dos outros sobre o impacto dos automatismos e de que passem a pensar por si sós.
Um bom caminho para se fazer isso é focar nas soluções, e não nos problemas, e ajudar as pessoas a identificar, por si mesmas, novos hábitos que elas podem desenvolver para encontrar as soluções mais rapidamente. É a arte de capacitar a outras pessoas para que cheguem aos seus próprios insights.
E lembre-se daquele antigo ditado “Se você não consegue mudar um hábito, não mude! Apenas comece a fazer algo novo”. Assim, você já está no caminho da mudança.
Nós da InterElo Consultoria acreditamos que grandes líderes sabem que é muito interessante discutir sobre problemas e que é mais útil ainda se concentrar nas soluções. Conte conosco para aprendermos juntos a liderar neste novo cenário cheio de desafios.
Referências:
http://mulherlider.com.br/blog/nao-diga-aos-outros-o-que-fazer-ensine-os-a-pensar/
https://indicalivros.com/livros/nao-diga-aos-outros-o-que-fazer-ensine-os-a-pensar-rock