A empresa em que trabalham vem insistindo numa cobrança: é preciso inovar para recuperar mercado e sobreviver. Mas, quando alguém se arrisca a propor um modo diferente de trabalhar, um outro tipo de serviço que pode surpreender positivamente o cliente ou a oferta de um produto fora da rotina do mercado, logo é combatido, sem chance de testar suas propostas. “Isso não dá certo”, “Não tem nada a ver”, “É trocar seis por meia dúzia” são alguns dos argumentos para afastar a sugestão que vem ameaçar o conforto da mesmice.
A experiência vem mostrando, cada dia mais, que é da diferença que surgem novas ideias. Segundo Sergio Cavalcante, CEO do CESAR – Centro de Estudos e Ciências Avançadas, do Recife, voltado à inovação –, é preciso sair do “próprio mundinho” para enxergar novas saídas. É necessário olhar – e entender – a realidade e a expectativa dos outros.
E, nessa linha, nada melhor do que reunir numa equipe pessoas de formações, origens e costumes diferentes. Em outras palavras, nada melhor do que reconhecer e acolher a diversidade, permitindo que outros olhares tragam novas perspectivas para situações já conhecidas, abrindo a cabeça para outras maneiras de ser, de fazer, de obter resultados, sem os limites do “certo” ou do “errado”.
Da “lição” do que fazer para inovar, faz parte também encarar problemas e críticas como oportunidades de criar soluções. Segundo Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo e inovação do Insper, é preciso agradecer ao cliente que reclama. “A reclamação é uma grande oportunidade para inovar”, resume.
E você, já experimentou pensar fora da caixa, o que e como fazer diferente aquilo que todos vêm realizando do mesmo jeito? Esse é o melhor exercício para estimular a criatividade e incluir a inovação no seu dia a dia.