Pesquisa divulgada pela Indeed – ferramenta de busca de emprego – indica que os jovens entre 16 e 24 anos consideram a flexibilidade no local de trabalho como prioridade, acima até da remuneração e de benefícios. Para a faixa etária seguinte, entre 25 e 34 anos, a flexibilidade de horário aparece em segundo lugar entre os fatores que pesam na hora da contratação. Também entre os profissionais seniores, com 55 anos ou mais, a proporção dos que valorizam a flexibilidade é significativa: 37%.
Muito já se falou das diferenças de biorritmo entre as pessoas – há as que são mais produtivas logo pela manhã, enquanto outras trabalham melhor à tarde ou à noite. Somem-se a isso o trânsito nas grandes cidades, a necessidade de conciliar trabalho com os cuidados com filhos, a dificuldade de ter a concentração exigida para algumas tarefas num ambiente com muitas pessoas.
Hoje, com os recursos da tecnologia, como os arquivos compartilhados, as videoconferências e a comunicação instantânea, é possível realizar um grande número de atividades em qualquer horário, de qualquer lugar, sem perder o espírito de equipe nem o nível de engajamento no trabalho.
Algumas empresas já colocam espaços de trabalho em locais estratégicos, sem mesas ou equipamentos pessoais, que podem ser utilizados temporariamente por seus funcionários. Mais do que se apegar a horários de entrada e de saída, às mesas com gavetas trancadas e endereços fixos, é possível obter bons resultados por meio de acordos firmados entre os profissionais e seus gestores.
Em lugar de cobrar minutos de atraso, porque não contratar resultados, com prazos devidamente acordados? Feitas as entregas devidas, não importa quando e onde o trabalho foi realizado. Um ganho adicional – e não menos importante – é a relação de confiança que se estabelece entre líderes e liderados, um fator de peso para obter o engajamento dos profissionais com os objetivos da empresa.