O que é de uma riqueza extrema, tanto do ponto de vista do desenvolvimento interno quanto da capacidade de a empresa ser bem-sucedida no atendimento ao mercado. Mas nem todas as organizações estão preparadas para o interculturalismo. Grande parte dos problemas com a adaptação de líderes expatriados e com o fechamento de acordos internacionais, por exemplo, está relacionada a diferentes entendimentos sobre o que é dito ou feito.
Isso, em geral, porque as pessoas tendem a olhar e interagir com outras através de suas próprias lentes, sem considerar os contextos regionais. Ou, ainda, em função da manutenção de estereótipos que, em vez de facilitar, só complicam a comunicação, não importa se são positivos ou negativos.
“Estereótipos são um problema na comunicação intercultural por uma série de razões. Uma é que eles podem nos dar a falsa impressão de entendimento sobre as pessoas com as quais nos comunicamos”, afirma o pesquisador americano Milton Bennet, um dos estudiosos internacionalmente mais destacados do tema. “Adicionalmente, estereótipos podem se tornar profecias autorrealizáveis, onde observamos os outros de uma maneira seletiva que confirma nosso preconceito”, completa Bennet (leia o paper completo, em inglês).
O fato é que relações interculturais requerem um preceito básico: a valorização da diversidade. Quando ela está presente, já é um bom início de conversa. Nem sempre é fácil entender como fazer isso na prática. Um bom caminho é utilizar o modelo do GDIB – Global Diversity and Inclusion Benchmarks – Padrões para Organizações ao Redor do Mundo, que aborda não só a diversidade cultural, mas a diversidade de maneira ampla no ambiente corporativo.
Iniciado há 10 anos, nos Estados Unidos, o GDIB reúne as melhores práticas, modelos e discussões para ajudar as organizações de todos os portes e segmentos a definir estratégias e mensurar seus progressos na gestão da diversidade e na promoção da inclusão. A primeira tradução para o português do material é resultado de uma parceria da InterElo Consultoria com os 95 Expert Panelists do GDIB e com os autores do trabalho, Julie O’Mara e Alan Richter Ph. D.
Contribuindo para a difusão do material, que é gratuito, no Brasil, a InterElo compartilhou o GBID com os profissionais que participaram da 5ª Conferência da Sietar Brasil, realizada dias 20 e 21 de outubro, em São Paulo. A Sietar (Society for Intercultural Education, Training and Research) é uma rede global que teve seu início nos Estados Unidos em 1974 e que, hoje, tem um importante papel na aglutinação de pessoas que atuam em prol do desenvolvimento do interculturalismo em todo o mundo. No Brasil, a Sietar foi fundada em 2010.
Clique aqui para acessar a página do GDIB em nosso site.