Para isso, o marido abriu mão do emprego que tinha no Brasil. No começo, cuidou dos acertos da nova rotina da casa e das crianças. Com o tempo, conseguiu um trabalho em sua área de atuação e as coisas foram se ajeitando, com o casal compartilhando o cuidado familiar.
Capacitadas tecnicamente, muitas mulheres vêm comprovando suas habilidades na conquista, a duras penas, de posições de destaque na estrutura de grandes empresas. Mas quando têm filhos, sobretudo ainda crianças, elas são “descartadas” na hora em que a empresa avalia os profissionais mais adequados para trabalhar no exterior.
Essas dificuldades no desenvolvimento pleno de uma carreira levam parte das mulheres a adiar os planos de maternidade. Pesquisa do Center for Work-Life Policy com americanas e britânicas revela que 43% das mulheres da chamada geração X – que atualmente estão na faixa de 33 a 46 anos – não têm filhos. Três quartos desse grupo são mulheres em relações estáveis, indicando que não é a falta de parceiros que as impede de ser mães.
O mais sério nesse cenário é que, em boa parte dos casos, as mulheres com filhos pequenos não chegam a ser consultadas sobre a possibilidade de evoluir na carreira em nível internacional ou mesmo de se ausentar temporariamente de casa em viagens a trabalho. Quem tem o poder de decisão nas empresas pressupõe que esse é um impedimento para o sucesso da missão. Mas por que não fazer a pergunta à principal interessada na questão? Só ela pode avaliar as reais condições e encontrar um meio para viabilizar esse projeto.
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