A empresa, fundada em 1902, possui uma história de diversidade e inclusão. Seu comitê executivo tem entre seus 14 integrantes seis mulheres, dois negros e três hispânicos. Recentemente, o CEO Brian Cornell anunciou publicamente que, nas dependências da Target, as pessoas podem escolher usar banheiros masculinos ou femininos, de acordo a maneira como se identificam.
É claro que, nessa trajetória, há uma construção que vai além de ter, no quadro de funcionários, pessoas que representam os diferentes grupos da sociedade. Mais que incluir, é necessário ter um ambiente genuinamente inclusivo, que permita que as pessoas possam desenvolver plenamente seus potenciais.
No Brasil, perduram controvérsias sobre questões como cotas para negros nas universidades. Há quem é contra porque considera a medida ineficaz no longo prazo e há os defensores convictos do sistema, lembrando a dívida histórica do país com uma população escravizada por mais de três séculos.
O mesmo acontece quando o tema é a obrigatoriedade legal de incluir pessoas com deficiência. De um lado, a medida é aplaudida por especialistas como absolutamente necessária e, de outro, gera em algumas organizações as repetidas queixas sobre a falta de qualificação profissional.
Se existem as corporações que se limitam a receber aprendizes apenas para estar em dia com suas obrigações formais, há também aquelas que, cientes do atraso secular na educação pública de base, se dispõem a dar a sua contribuição para o crescimento desses jovens, abrindo a possibilidade de que eles reforcem futuramente seu quadro de pessoal.
Polêmicas à parte, a disposição de acolher e promover a diversidade é um aprendizado diário que traz ganhos para todos os envolvidos. Talvez, o caminho para avançar seja colocar as coisas em perspectiva: como a diversidade pode contribuir para os negócios de sua empresa?