Reforçando esse olhar, em 2016, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) posicionou o tema no centro de suas orientações estratégicas. “Precisamos continuar nossos esforços para construir uma nova narrativa de crescimento, que tenha como foco o bem-estar das pessoas”, diz o paper [I2] apresentado na reunião do conselho ministerial da OCDE, em junho, e que direciona as políticas adotadas internacionalmente pelo orgão.
[I1]LINK:
http://worldhappiness.report/ed/2017/
[I2]LINK:
https://www.oecd.org/mcm/documents/strategic-orientations-of-the-secretary-general-2016.pdf

Segundo o estudo, além de salários e benefícios, os fatores que mais impactam a felicidade são o equilibrio entre vida e trabalho, desafios profissionais, a necessidade de aprender coisas novas, o nível de autonomia dado pelo empregador e o grau de engajamento com a empresa. O gráfico abaixo, apresentado na página 19 do Capítulo 6 – Hapiness at Work[I1] da publicação, mostra como anda a satisfação das pessoas com o trabalho ao redor do mundo.
Satisfação com o trabalho se traduz em algo bem palpável para as organizações: lucro. Olhando a lista das 150 melhores empresas para trabalhar no Brasil em 2016[I2] , divulgada em abril de 2017 pela revista Você S/A, é fácil fazer a correlação entre bem-estar e resultados.
Alguns exemplos: o laboratório Sabin, que apresenta um IFT (Índice de Felicidade Total) dos funcionários de 85,3 e lidera o ranking das melhores no setor de saúde, vem apresentando um crescimento anual de 30%, em média, nos últimos dez anos; o Boticário, com um IFT de 76,4, registrou um crescimento de superior a 7% em 2016; a Elektro, campeã do segmento de energia, com um IFT de 94,7, foi eleita a melhor distribuidora de energia elétrica do país pela entidade representativa do setor – mesmo em meio à crise, a empresa vem aumentando sua lucratividade, sem demissões.
Em comum, essas empresas têm práticas de gestão de pessoas focadas na construção de relações de confiança. Estar atento ao desenvolvimento dos colaboradores, praticar uma escuta ativa, trabalhar proativamente a solução de conflitos e, entendendo o momento individual de cada um, promover a conexão entre as pessoas e as crenças corporativas são iniciativas poderosas rumo à excelência em desenvolvimento organizacional.
Esses aspectos intangíveis criam um ambiente acolhedor, de respeito, que favorece a realização, a felicidade e, em consequência, o lucro. “Ser sinônimo de vitória, eficiência, qualidade e vida plena em família é possível quando fazemos a diferença, quando temos um propósito”, conta o presidente da Elektro, Márcio Fernandes, logo na apresentação do livro Felicidade dá Lucro[I3] , de sua autoria.
[I1]LINK: http://worldhappiness.report/wp-content/uploads/sites/2/2017/03/HR17-Ch6_wAppendix.pdf
[I2]LINK:
http://exame.abril.com.br/carreira/as-150-melhores-empresas-para-voce-trabalhar-2016/
[I3]LINK:
http://felicidadedalucro.com.br/