Essas e outras questões foram tratadas por Maria Cristina C. R. Carvalho, sócia da InterElo, em palestra no InovatecRH 2015, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, em São Paulo. Em sua quarta edição, o encontro reuniu especialistas para discutir como a inovação, a tecnologia e a gestão de pessoas estão entrelaçadas dentro das organizações.
Num ambiente de negócios tão complexo quanto o atual, em que as empresas necessitam de prontidão e resiliência para enfrentar as adversidades que surgem no dia a dia, prevalece uma certeza: é preciso desenvolver líderes capazes de entregar resultados sustentáveis.
Mas, diante da crise, as empresas investem na capacitação de suas equipes? Pesquisa realizada pela McKinsey com 189 mil profissionais de 81 companhias de grande porte nos quatro continentes, incluindo o Brasil, – e publicada pelo jornal Valor Econômico em 18 de maio deste ano – mostra que os investimentos em treinamento e desenvolvimento atingiram a casa de US$ 60 bilhões ao ano.
A maioria dos CEOs ouvidos na pesquisa (90%) garante que deseja aumentar esse orçamento. Boa parte deles (60%) considera prioridade a área de Gestão de Pessoas. Mas – o outro lado da moeda – apenas 43% acreditam que esses esforços renderão frutos. Reconhecem que fazem grande investimento, mas não observam retorno claro vinculado ao funcionamento da empresa.
A percepção do valor gerado pela capacitação nem sempre é visível, em razão da dificuldade de se construírem indicadores que deem conta da complexidade dos impactos envolvidos. Mas é possível, sim, mensurar.
Essa foi, justamente, a questão levada por Maria Cristina à InovatecRH. Em sua palestra, que teve como tema a “Medição do impacto dos programas de formação em liderança nas organizações”, ela mostrou que investimentos em desenvolvimento de lideranças trazem resultados a médio prazo, uma vez que envolvem mudanças de comportamento, de atitude.
São vários os fatores de sucesso (ou fracasso) dos programas de capacitação. O primeiro deles está na origem do processo, na estruturação do treinamento: o programa tem de estar conectado com as necessidades dos negócios. É preciso, também, levar em conta as características pessoais dos profissionais treinados. E, nessa hora, o coaching é uma ferramenta que faz toda a diferença.
Estudo divulgado pelo Public Personnel Management Journal revela que 22,4% dos líderes melhoraram sua produtividade após passar por treinamentos. Os que tiveram apoio do processo de coaching foram muito mais longe: melhoraram em 88%!
Com clareza sobre o estágio em que está cada líder, aonde se quer chegar e quais as competências a serem desenvolvidas, os resultados se tornam mais robustos, fortalecendo a empresa e os profissionais.